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domingo, 4 de fevereiro de 2007

Dados do Ceará

A população total do Estado de CEARÁ é de 7.430.661 de habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2000, realizado pelo IBGE. A Densidade Demográfica é de 50,91 habitantes por km².

A área é de 145.712 km², representando 9,37% da Região Nordeste e 1,71% de todo o território brasileiro.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,7 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000).


Localização
Localizado ao norte da região Nordeste do Brasil.

Limites
Leste : Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba
Sul : Estado de Pernambuco
Oeste : Estado do Piauí
Norte : Banhado pelo oceano Atlântico numa extensão de 573 km, com litoral pouco recortado, onde aparecem planícies costeiras e praias cobertas por dunas de beleza singular.

Relevo
Junto ao litoral, as altitudes não ultrapassam 100 metros. Em direção ao interior, no entanto, o terreno passa a ter características de planalto, alcançando altitudes médias de 400 a 500 metros. Trata-se de parcela do Planalto Nordestino, uma das unidades do Planalto Atlântico, cuja monotonia é quebrada em certos pontos, por blocos elevados de rochas mais resistentes, entre os quais se destaca a Serra de Baturité, com altitudes que chegam a mais de 1.000 metros. Esse complexo inclui a Serra Grande ou Chapada do Ibiapaba, a oeste; a Chapada do Araripe, ao sul; e a Chapada do Apodi, a leste.

Hidrografia
A região meridional e centro-oriental é drenada pelo rio Jaguaribe, o maior do Estado, que corre numa extensão de 800 metros. Ao norte, destaca-se o rio Acaraú e a oeste o rio Poti, que após atravessar o boqueirão existente na Chapada do Ibiapaba, junta-se ao rio Parnaíba, já em território do Estado do Piauí. Encontram-se ainda entre os mais importantes do Estado, os rios Salgado, Conceição, Acaraú, Banabuiú, Trussu, Pacoti e Piranji.

Clima
Com excessão do trecho ao longo da costa e das chapadas e pequenas serras, o clima em boa parte do território do Estado do Ceará é semi-árido, com médias pluviométricas inferiores a 600 mm e irregularidade nas precipitações, o que ocasiona secas periódicas. Em conseqüência desse fenômeno, os cursos d’água são temporários, permanecendo secos ao longo de todo o verão, e a vegetação dominante é a das caatingas, com sua paisagem típica, de pequenas árvores retorcidas. As temperaturas médias são elevadas, oscilando entre 24º e 30º C.

O Clima do Ceará


Região

Clima

Temperatura Média

Média das Médias

Média das Máximas

Média das Mínimas

Litoral

Quente e Úmido

Entre 26 e 27oC

Acima de 30oC

Superior a 19oC

Serra

Frio e Úmido

Em torno de 22oC

27oC

17oC

Sertão

Semi-Árido

-

Entre 32 e 33oC

23oC às noites

Fonte: FUNCEME

Temperatura média das águas do Atlântico: 25o - 28oC, com salinidade entre 36% e 37%, e ventos alísios, permanentes, com constantes correntes vindas do sudeste com velocidade entre 5.6 e 8.0 knots

Outros aspectos climáticos

Especificação

Valores

Insolação

2.800 h/ano

Umidade relativa do ar
. Litoral
. Sert
ão

- 82%
- Inferior a 70%
Precipitação pluviométrica
. M
édia anual
- 775mm

Altitude

Até 1.100m


Características do Território
A área ocupada por caatingas no Ceará atinge 129.162,7 km², o que corresponde a 88 % da área total do Estado. Existem 701 açudes no Estado, com capacidade para 10 bilhões e 610 milhões de m3 de água. A existência de tais reservatórios hídricos permite o desenvolvimento agrícola e a criação pecuária nas regiões semi-áridas, onde a escassez de água é freqüente.

Gentílico
Cearense.

Hora local
A mesma em relação a Brasília.

Municípios
Conheça uma a um os municípios do Ceará clicando aqui.

Adaptado de City Brasil, Confederação Nacional dos Municípios e Federação das Indústrias do Estado do Ceará

Os Símbolos do Ceará

A Bandeira: Instituído oficialmente pelo presidente do Estado Justiniano de Serpa, em 1922, o pavilhão cearense é constituído de um retângulo verde e o losango amarelo da bandeira nacional, tendo ao centro um círculo branco e no meio deste o escudo do Ceará. Em 1967, a Lei 8889, de 31 de agosto, sancionada pelo então governador Plácio Aderaldo Castelo dizia, em seu artigo 2º:...serão observadas na bandeira as seguintes proporções: a altura corresponderá a 14m; a largura a 20m; os vértices do losango estarão a 1,7m dos lados do retângulo; o raio do círculo corresponderá a 3,5m a distância da parte superior e da inferior das armas, em relação ao círculo corresponderá a 1m; e os flancos, também em relação ao círculo, 2m.Com a adoção desses requisitos heráldicos, o Estado do Ceará ganhava a sua bandeira definitiva.

As Armas: Na fase republicana, o presidente do Estado, Nogueira Acióli, tomou a iniciativa de mandar desenhar um símbolo heráldico, cuja medida foi consolidada por meio do Decreto nº 393, de 11 de setembro de 1897. Nesta versão pioneira, as armas do Ceará eram representadas por um escudo e sobre este um antigo forte. Completando o desenho, uma elipse atravessada por uma zona em sentido oblíquo, da esquerda para a direita, e semeada de estrelas simbolizando os diferentes municípios do Estado; no centro do escudo, tem-se a enseada e o farol do Mucuripe, e mais o debuxo de um pássaro à direita. Todos esses elementos figurativos cercados por ramos de fumo e algodão.

Por sugestão do historiador Raimundo Girão, primeiro secretário da Cultura do Estado, no governo Plácido Aderaldo Castelo, este símbolo foi redefinido (artigo 3º da Lei 8889, de 31 de dezembro de 1967: As armas do Estado do Ceará serão representadas por um escudo polônio como o campo verde, fendido, sendo o primeiro semeado de estrelas, cosido: e o segundo, carregado de um pássaro de cor branca. Sobre o todo um escudo oval com a enseada do Mucuripe, uma jangada no mar e uma palmeira na praia, iluminados por um sol nascente, tudo de sua cor. Como timbre, uma fortaleza antiga, de ouro, aberta de negro.

A Carnaúba: O decreto de nº 27.413, de 30 de março de 2004, instituiu a carnaubeira como árvore símbolo do Ceará. Com isso, o Governo do Estado reconhece oficialmente o valor histórico, cultural , econômico e paisagístico dessa espécie tão comum na região nordestina, bem como nos estados do Pará, Tocantins e Goiás. Em seu segundo artigo, o decreto determina que “ficam, a derrubada e o corte da árvore Carnaúba condicionados à autorização dos órgãos e entidades estaduais competentes”.

O Hino do Ceará: O Hino do Ceará teve sua primeira execução em 31 de julho de 1903, quando se comemorava o tricentenário da chegada da expedição portuguesa liderada por Pero Coelho de Sousa em nosso Estado. A letra do hino é do poeta, contista, romancista Thomaz Lopes; e a composição musical é do pianista, regente, professor e compositor Alberto Nepomuceno.

Segundo referência feita por José Liberal de Castro (no livro “Alberto Nepomuceno e o Ceará”, 1995), “o hino cearense nasceu a partir de decisão tomada por intelectuais cearenses, quando resolveram festejar solenemente o tricentenário da fundação do Ceará, assim considerada pela vinda dos primeiros portugueses ao nosso território, tendo à frente Pero Coelho de Sousa, ocorrida em 31 de Julho de 1603, o marco cronológico mais antigo da história cearense”.

Ainda de acordo com o relato de José Liberal de Castro, o Barão de Studart, presidente da comissão organizadora dos festejos, pediu a Alberto Nepomuceno que compusesse o Hino do Ceará, cuja execução figuraria como evento triunfal das comemorações. Ao enviar-lhe a partitura musical, mandou-lhe acompanhada de carta dirigida ao Barão de Studart, publicada no jornal de Fortaleza, então em circulação, “A República”, edição de 29 de Julho de 1903, com tópicos a seguir reproduzidos:

“Com esta, segue copia do hymno, lettra e música, e verá que meu intuito foi escrever um hymno para o povo e para as escolas.
Em primeiro logar, é minha opinião que a acceitação por um povo de um canto commemorativo de fatos históricos ou que symbolize aspirações de raças e regimes, depende de um dado momento histórico. Em segundo logar, um canto nestas condições será acceito, ainda quando a educação artística do povo for outra que não a do nosso, ou quando a ethnologia tenha fornecido ao artista compositor os elementos de tal ordem, que o povo acceite o canto como um producto seu.”

Com letra de Thomaz Pompeu Ferreira Lopes, orquestração e regência do maestro Zacharias Gondim, o Hino do Ceará foi executado pela primeira vez no dia 31 de julho de 1903, por um coro de alunas da Escola Normal de Fortaleza e acompanhado pela Banda do Batalhão de Segurança Pública do Ceará, em sessão solene realizada na Assembléia Legislativa do Ceará, presidida pelo Presidente do Estado, Dr. Pedro Augusto Borges.

Hino do Estado do Ceará
LETRA : THOMAZ LOPES
MÚSICA: ALBERTO NEPOMUCEMO

Ouça o Hino do Ceará :
1. Versão Vocal
2. Versão Instrumental/Vocal

Veja as Partituras:
1. Canto
2. Canto / Piano

3. Banda

Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que a tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha - esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!

Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de pratas rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada ao vê-las,
Ressoe a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.

Seja o teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!

Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada
Que importa que teu barco seja um nada,
Na vastidão do oceano
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?

Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em messes, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem do solo em rumorosas festas!

Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldando diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas
E foi na paz, da cor das hóstias brancas

Fonte: http://www.secult.ce.gov.br/

Cronologia Histórica do Ceará

A história do Brasil, como a história do Ceará vem ao longo dos anos se renovando em seus temas, fontes e objetos. Cada vez mais historiadores, sociólogos, geógrafos, arquitetos e outros pesquisadores afins, vem alargando o campo do conhecimento histórico, em suas várias dimensões: política, social, cultural, econômica. Esse aprofundamento vem revelando momentos significativos para o entendimento da nossa história. Diante disso, apresentamos nesse breve histórico, uma série de acontecimentos, fatos e datas que marcaram profundamente a história do povo cearense nos períodos, colonial, imperial e republicano.

Ceará Pré-Colonial

1500. .Chegada da expedição do navegador Vicente Yanez Pinzón ao litoral cearense (Aracati), entre 20 de janeiro e 2 de fevereiro. . Segunda expedição ultramarina, capitaneada por Diego de Lepe, tocando a costa cearense na localidade por ele denominada de Rostro Hermoso (provavelmente a ponta do Mucuripe), fato acontecido um mês depois da ancoragem de Pinzón.

1501. . Procedentes de Lisboa, André Gonçalves e Gonçalo Coelho alcançam o ponto do litoral cearense por eles chamado de Angra de São Roque, que corresponderia atualmente a enseada do Iguape, data provável dos acontecimentos: 16 ou 17 de agosto. . Na mesma época, contornaram a moldura costeira cearense, em direção da Amazônia, as expedições de Diogo Ribeiro, Estevão Fróis e João de Braga.

Ceará Colonial

1532. . Por ato de D. João III, era instituída a capitania do Ceará, atribuindo-se um "lote de cinqüenta léguas de costa e pela terra adentro até a linha de demarcação", a Antônio Cardoso de Barros, que não chegou a assumir.

1540. . Incursões, a partir desse ano, de corsários e piratas estrangeiros à costa cearense e à serra da Ibiapaba. Essas violações flibusteiras se prolongaram por muito tempo, devido às riquezas da terra, dentre as quais: o âmbar-gris, as madeiras de lei, a pimenta e o algodão nativo.

1603. . Sob o comando do capitão-mor Pero Coelho de Sousa, organiza-se em julho desse ano a primeira bandeira exploratória no interior cearense. O nobre açoriano tinha por objetivo expulsar os franceses da capitania abandonada e tirar proveito, legalmente, da uberdade e riquezas da região. Itinerário de Pero Coelho de Sousa: Rio Jaguaribe, Barra do Ceará, Outeiro dos Cocos e Enseada Grande do Âmbar (Jericoacoara).

1604. . A bandeira de Peo Coelho de Sousa deixa Jericoacoara no dia 11 de janeiro. . Primeiros combates na manhã do dia 19 de janeiro contra os franceses e índios hostis, ao sopé da serra da Ibiapaba, quando se deu o contato com os nativos chefiados por Juripariguaçu. . Transmissão do comando da bandeira a Simão Nunes, que na ausência de Pero Coelho de Sousa realiza a segunda viagem ao Ceará, acompanhado da esposa e filhos, e tendo entre seus ajudantes, o jovem Martim Soares Moreno.

1607. . Tendo saído do Recife a 20 de janeiro, desembarcam no litoral cearense os jesuítas Francisco Pinto e Luís Figueira. . Os dois jesuítas alcançam a enseada de Parazinho no dia 2 de março, deslocando-se para a serra da Ibiapaba.

1608. . Assalto à missão dos jesuítas no dia 11 de janeiro, em que perde a vida o padre Francisco Pinto e escapa ao massacre seu companheiro de catequese.

1611. . Desembarca no Ceará Martin Soares Moreno, acompanhado de dois soldados e um capelão, e sob a proteção do chefe tribal Jacaúna.

1612. . Martin Soares Moreno inicia no dia 20 de janeiro a construção do forte de São Sebastião, na Barra do Ceará.

1613. . Passagem pelo Ceará da expedição de Jerônimo de Albuquerque, com Inácio de Loyola Albuquerque e Melo (Mororó), para professor de latim na vila do Aracati.

1819. . Chegada no Ceará, da carta patente nomeando Francisco Alberto Rubin para governador de capitania.

Ceará no Império

1822. . Posse de Francisco Xavier Torres no Comando Interino das Armas por nomeação da Junta Provisional do Governo. . Portaria, pela qual, SM o Imperador manda ouvir a Junta do Governo sobre a conveniência de ser mudada do Crato para Icó, a cabeça da Comarca. . A Junta Provisória envia à Corte comunicação informando da revolta que explodiu na Vila do Crato. . Com a chegada da notícia oficial da Independência a 7 de setembro, brasileiros e portugueses, defensores do movimento, promoveram reunião no Paço da Câmara Municipal de Fortaleza, para declarar que aderiam à Aclamação do Imperador que ocorrera no Rio de Janeiro a 12 de outubro.

1823. . Posse Governo Temporário, sendo eleito presidente José Pereira Filgueiras, pela vila do Crato, tendo representantes de Jardim, Lavras, Icó, Inhamuns e Quixeramobim. . Deposição do Governo Provisório pela Câmara Municipal de Fortaleza, com assistência do ouvidor José Marcelino de Brito, em conseqüência da nomeação do primeiro presidente da Província, após a Independência. . A Junta deposta, acompanhada do capitão-mor Pereira Filgueiras, e presidente da mesma, desloca-se para a povoação de Arronches (Parangaba), recrutando tropas para atacar a capital. . Carta Imperial exigindo a Vila de Fortaleza em cidade, com o nome de Cidade de Fortaleza da Nova Bragança. (Data da Carta Imperial). . Por Lei Imperial foram abolidas as Juntas Governamentais, passando o governo das províncias a ser exercido por um Presidente e um Conselho, (Foi nomeado 1º Governador do Ceará, o Engenheiro José da Costa Barros, cuja posse seria a 14 de abril de 1824).

1824. . A Câmara, clero, nobreza e povo da vida do Campo Maior da Comarca do Crato declaram decaída a Dinastia Bragantina e proclamam o governo republicano. Filgueiras assume as forças da província. Tristão Gonçalves e Filgueiras marcham para Fortaleza, efetuando a prisão de Carvalho Couto, presidente da Junta, depondo-o. . Chega a Fortaleza Pedro José da Costa Barros, nomeado para Presidente do Ceará. No sentido de apaziguar rebeldias, o Presidente Costa Barros formula acordo com o capitão-mor José Pereira Filgueiras, restituindo-lhe o comando das tropas. . Fermentavas nas províncias vizinhas de Pernambuco, emanadas desta, as idéias republicanas eclodindo a Confederação do Equador, circunstância que veio estremecer a conciliação do Presidente Costa Barros com os revolucionários Pereira Filgueiras e Tristão Gonçalves, porquanto o Presidente se mantinha numa linha de imparcialidade. Tristão e Filgueiras deslocam-se para Aquirás, organizam tropas, sublevam-se e atacam a cidade de Fortaleza no dia 28 de abril. O Presidente Costa Barros, sob protesto, aceita a rendição, substituindo-o Tristão Gonçalves na qualidade de presidente revolucionário. . Proclamação de Tristão Gonçalves convidando o Ceará a unir-se a Pernambuco na Confederação do Equador. . Tristão Gonçalves priva os europeus residentes no Ceará, dos cargos civis ou militares no governo. . É proclamada a República no Ceará, com adesão das Câmaras de Fortaleza, Aquirás e Messejana e os procuradores das demais Câmaras da província. Presidiu a sessão, Tristão Gonçalves, sendo secretário o padre Mororó. . Lord Cokrane, a serviço do Imperador, no navio "Pedro I" surto no porto, edita convite a Tristão Gonçalves à rendição e já considerando José Felix de Azevedo Sá, presidente da província, na legalidade, e oferecendo anistia ao próprio Tristão Gonçalves e Pereira Filgueira. . Proclamação de Lord Cokrane, declarando ter eleito oficialmente José Félix de Azevedo Sá para presidente interino da província. Nesta mesma data, é morto em combate, na localidade de Santa Rosa, no sertão jaguaribano, Tristão Gonçalves. . Ofensiva anti-revolucionária generalizada na província inteira, culminando vencida a Confederação do Equador. Foram também presos josé Martiniano de Alencar e Pereira Filgueiras. . José Félix de Azevedo de Sá passa a presidência da província novamente a Pedro José da Costa Barros.

1825. . O presidente da província divulga proclamação condenando os participantes da Confederação do Equador, no Ceará, à condição de proscritos, ficando a Comissão Militar com as atribuições de prendê-los. . É executado por fuzilamento o padre Gonçalo de Albuquerque Mororó. . Nos dias 1, 16 e 28, são fuzilados, respectivamente, Francisco Miguel Pereira Ibiapina, Luís Ignácio de Azevedo Bolão e Feliciano José da Silva Carapina.

1827. . Falece na vila de Soure o ex-presidente de província, José Félix de Azevedo e Sá. . No período que vai de 1826 a 1831 sucederam-se os seguintes presidentes: (1826 - 1829) - Antônio de Salles Berford); (1829 - 1830) - Manuel Joaquim Pereira da Silva); (1831 - 1833) - José Mariano de Albuquerque Cavalcanti). No governo deste último, verificaram-se novas disputas, iniciando novos choques violentos em conseqüência de 7 de abril de 1831 - Abdicação de D. Pedro I.

1831. . Inicia-se a sedição de Joaquim Pinto Madeira, em campanha originária na vila do Crato e Jardim. Não aceitava a Abdicação. Travaram-se combates entre os sediciosos e as forças governistas, sendo registrada historicamente a Batalha no Engenho Buriti. O movimento circunscreveu-se ao Cariri atingindo a vila do Icó.

1832. . Toma assento no Senado, como representante do Ceará, o padre José Martiniano de Alencar, escolhido que fora 10 de abril. . Rendição de Pinto Madeira ao general Pedro Labatut.

1833. . Em razão do Decreto Imperial de 13 de dezembro de 1832, o presidente José Mariano, em reunião extraordinária do Conselho, promove a divisão judiciária da província, criando as Comarcas de Fortaleza, Aracati, Icó, Quixeramobim e Crato, dispondo para Fortaleza duas varas. . Desembarcam em Fortaleza de Brigue "29 de Agosto", procedente de Recife, Pinto Madeira, o padre Antônio Manuel e mais 17 presos. . Decreto do presidente José Mariano, concedendo uma pensão anual de 400$ (Quatrocentos mil Réis) à viúva e filha de Tristão Gonçalves. . Aporta a Fortaleza a corveta "Bertioga", trazendo o novo presidente da província, o tenente-coronel Ignácio Correia de Vasconcelos. Substiuído por José Martiniano de Alencar, no dia 29.

1834. . Lei mandando dar ao presidente da província o tratamento de excelência. Até então, o tinham de senhoria. . Posse na presidência da província, do senador Padre José Martiniano de Alencar, nomeado por Carta Imperial de 23 de agosto. . É fuzilado no Crato o guerrilheiro e ex-coronel de milícias, Joaquim Pinto Madeira.

1837. .Relatório do 1º tenente reformado, dirigido ao Ministro da Marinha, tecendo considerações sobre as condições favoráveis de perto, com grande detalhamento, tanto de Mucuripe como a Barra do Rio Ceará. . Por motivo de saúde e sua seqüência mudança para o Rio de Janeiro, o Presidente José Martiniano de Alencar transmite o governo ao 1º vice, João Facundo de Castro e Menezes, para exercê-lo interinamente. . Posse do capitão-engenheiro Manoel Felisardo Gomes e Mello, assumindo a presidência da Província, porquanto fora nomeado pela Carta Imperial de 16 de outubro.

1839. . Posse do Dr. João Antônio de Miranda na presidência da Província, nomeado por Carta Imperial de 20 de dezembro de 1838.

1840. . Posse de Dr. Francisco de Sousa Martins, 10º presidente da Província, nomeado por Carta Imperial de 18 de dezembro do ano anterior. . João Facundo de Castro e Menezes assume o Governo da Província, como representante do governo da Maioridade, e faz publicar o jornal "Vinte e Três de Julho". . Assume o Governo da Província pela segunda vez, o senador José Martiniano de Alencar, nomeado por Carta Imperial de 10 setembro. . O presidente Alencar desloca-se à Vila de Sobral, onde eclodira um princípio de revolta chefiada por Francisco Xavier Torres, que anteriormente sufocara os revoltosos da Balanda. Vencidos e dispersados e alguns presos, é abafada a rebelião, após combate nas ruas de Sobral. Em janeiro do ano seguinte, Francisco Xavier Torres foi capturado próximo da Serra de Baturia, pelo coronel Antonio Barroso de Souza.

1841. . Lei Provincial nº 229 elevando a Vila de Sobral à cidade, com o título de Fidelíssima Cidade de Januária do Acaraú. . Subindo a 23 de março o gabinete Vilela Barbosa e sendo exonerado o presidente José Martiniano de Alencar, assume o governo da Província o vice-presidente major João Facundo e Castro e Menezes. . Posse no Governo da Província, do brasileiro José Joaquim Coelho, sendo o 12º presidente, foi nomeado pela Carta Imperial de 1º de abril desse ano. . É assassinado o Major João Facundo de Castro e Menezes, às 8 horas da noite, em sua própria residência na antiga Rua da Palma nº 72 (hoje Rua Major Facundo c/ São Paulo).

1842. . Criação da Secretaria de Polícia do Ceará. . Lei nº 244 elevando à categoria de cidade, as vilas do Aracati e Icó, mudando também o nome da Cidade de Januária para Sobral. . Lei Autorizando a reforma do plano da cidade de Fortaleza, eliminando a Rua do Cotovelo, a fim de construir-se uma praça que seria denominada de D. Pedro II (posteriormente, por criação popular, Praça do Ferreira).

1843. . Posse do brigadeiro José Maria da Silva Binnencourt, nomeado presidente da Província do Ceará, por Carta Imperial de 12 de Janeiro. . O Júri de Fortaleza absolve por unanimidade, Drª. Florência de Andrade e Castro, viúva do ex-presidente Major Facundo, acusada de conspiração contra o presidente Coelho. . Toma posse na presidência da Província, o coronel Ignácio Correia de Vasconcelos, nomeado por Carta Imperial de 4 de novembro.

1845. . Amanhece arrombado o cofre da Alfândega da cidade de Aracati. . Pelo Decreto Provincial nº 304 de 15 de 1844, foi instalado a 1910, o Liceu do Ceará, com licenciamento para as disciplinas: Latim, Francês, Inglês, Filosofia, Geometria, Geografia e Retórica. . Verificou-se grande seca nesse ano. O Governo Central e as Províncias vizinhas enviaram grande quantidade de gêneros alimentícios e grandes somas em dinheiro, totalizando 527.031$198 (QUINHENTOS E VINTE SETE CONTOS TRINTA E UM MIL CENTO E NOVENTA E OITO RÉIS).

1846. . O presidente Ignácio Correia de Vasconcelos remete ao ministro Alves Branco, na Corte, a documentação relativa ao projeto de criação da Província do Cariri, englobando Riacho do Sangue, Icó, Jardim, Crato e São Matheus, reunindo vilas e vilarejos das respectivas reuniões.

1847. . Assume interinamente a presidência da Província o 1º vice-presidente João Chrisóstomo de Oliveira. . O presidente em exercício (João Chrissóstomo) ordena às Câmaras Municipais que prestem colaboração e informações ao Dr. Joaquim Saldanha Marinho, incumbindo de levantar uma carta topográfica da Província, acrescida de uma Estatística Geral. . João Chrisóstomo passa a presidência da Província ao Dr. Casimiro de José de Moraes Sarmento, nomeado pela Carta Imperial de 12 de dezembro.

1848. . O Presidente Casimiro Moraes Sarmento entrega a administração ao 1º vice João Chrisóstomo, por ter sido deputado pela Província do Rio Grande do Norte. . É investido nas funções de presidente da Província, nomeado por Carta Imperial de 5 de abril, o Dr. Fausto Augusto de Aguiar, removido a 1º de agosto para a província do Pará. Transmitiu o governo ao 2º vice-presidente coronel Joaquim Mendes da Cruz Guimarães, e este ao Dr. Ignácio Francisco da Silveira Mota a 16 de novembro do mesmo ano. . Trasladação dos restos mortais do Major Facundo, para igreja do Rosário. . Lançamento da pedra fundamental da Igreja N. S. das Dores, local hoje da Igreja do Coração de Jesus.

1850. . É iniciado por determinação do Boticário Ferreira, na qualidade de presidente da Câmara, o levantamento de uma planta da cidade, visando o planejamento urbano. . Toma posse na presidência da Província o Dr. Ignácio Francisco Silveira da Mota, nomeado por Carta Imperial de 19 de junho.

1851. . Irrompe em Fortaleza a epidemia de febre amarela, propagando-se por várias cidades, vilas e povoados da Província. . o Médico Dr. Joaquim Marcos de Almeida Rego, como 18º presidente, por força da Carta Imperial de 31 de Maio.

1852. . O Dr. Pedro Pereira da Silva Guimarães propõe na Câmara dos Deputados a liberação do ventre escravo.

1853. . Posse do Dr. Joaquim Vilella de Castro Tavares, 19º presidente da Província, nomeado por Carta Imperial de 21 de Março.

1854. . Posse do Dr. Padre Vicente Pires da Motta, 20º presidente da Província e nomeado pela Carta Imperial de 19 de janeiro. . O engenheiro Henrique Augusto Millet apresenta ao presidente Pires da Motta, seus estudos sobre o Porto de Fortaleza. . Bula de S. Santidade o Papa Pio IX, aprovando a criação do Bispado da Província do Ceará.

1855. . O Senador Thomaz Pompeu de Souza Brasil contrata com o governo a confecção da estatística da Província. . Posse do Presidente Dr. Francisco Xavier de Paes Barreto no governo providencial, nomeado por Carta Imperial de 15 de setembro.

1857. . Decreto nº 1944 criando a Capitania do Porto do Ceará. . Inauguração do trapiche do Porto de Fortaleza, construído pelo engenheiro Fernando Hitzshky.

1858. . Decreto nº 2497 aprovando o contrato celebrado com o Marquês de Olinda com a Companhia de Navegação a Vapor do Maranhão, para navegação entre o Ceará e o Maranhão. A primeira chegada de vapores da Companhia no Ceará ocorreu a 11 de dezembro, ancorando no Porto o vapor "São Luis".

1859. . Pelo Vapor "Tocantins" chega a Fortaleza a "Comissão Cientifíca", nomeada pela Lei nº 881 de 1º de outubro de 1856. A Comissão era composta de renomados cientistas da Província, nomeada pela Carta Imperial de 4 de Julho. Na sua administração foi instalada a Santa Casa de Misericórdia.

1860. . Falece no Rio de Janeiro o senador José Martiniano de Alencar (15 de março). . O Governo imperial aprova, por decreto, os estatutos da Caixa Filial do Branco do Brasil, criada na cidade de Fortaleza. . Lei nº 1144 autorizando a fundação de um seminário diocesano no Ceará.

1861. . Posse do Dr. Manoel Antonio Duarte de Azevedo na presidência da Província, nomeado por Carta Imperial de 20 de março. . Dr. Luís Antonio dos Santos, 1º Bispo do Ceará, toma posse solene na direção da Arquidiocese, na Igreja da Sé.

1862. . Publica-se na província, o jornal literário, de propriedade do poeta Juvenal Galeno, O Peregrino. . Posse do presidente Dr. José Bento da Cunha Figueiredo no governo da Província, sendo-lhe transmitido o cargo do 4º vice-presidente em exercício, coronel José Antonio Machado. . Resolução Provincial nº 1023, concedendo a José Paulino Hoochoçtz, empresário da obra do encanamento de água potável, o direito de explorar por 50 anos o comércio de abastecimento d'água na capital da Província.

1863. . Fundação do Atheneu Cearense, pelo capitão João de Araújo Costa Mendes. . Por petição de concessionário dos serviços de abastecimento d'água à cidade, ao presidente da Província, foi transferido o contrato para a recém-criada empresa Ceará Water Company Limited, de Londres.

1864. . Joaquim da Cunha Freire e Thomaz Rich Brandt contratam com o governo da Província a iluminação de Fortaleza, utilizando combustores do gás hidrogênio carbonado. . Assume a presidência da Província o Dr. Lafayette Rodrigues Pereira, nomeado pela Carta Imperial de 23 de janeiro. Inicia-se o período de poder para os pertencentes ao Partido Liberal. . É nomeado ministro de Estado dos Negócios do Império, o cearense José Liberato Barroso.

1865. . Primeiro Embarque no vapor "Oyapock" de soldados à campanha do Paraguai, pertencentes ao Corpo de Guarnição da Província, composto de 368 praças, 23 oficiais, 2 médicos e 1 capelão. . Embarque no vapor "Tocantins" do 1º Corpo de Voluntários, constituído de 160 praças e 9 oficiais, sob o comando de major José Fernandes de Araújo Viana.

Notas - Segundo Raimundo Girão (Pequena História do Ceará, 1962) - O CEARÁ contribui com um contingente de cerca de 5.082 homens para a campanha do Paraguai. Dois batalhões cearenses se destacaram: 26º de Voluntários e 14º de Infantaria. O primeiro chegou de Fortaleza 30 de abril de 1870, sob o comando do coronel Antônio Tibúrcio Ferreira de Sousa (general Tibúrcio). Registra igualmente a participação de Jovita Feitosa, como voluntária.

1866. . Benção Oficial do Cemitério São João Batista em Fortaleza. (14 de abril). . Falece a bordo do "Eponina", perto de Buenos Aires, proveniente de ferimento a bala, na batalha de 24 de maio, o brigadeiro Antônio Sampaio. . Instala-se no Palácio do Governo, uma exposição de produtos da Província, que seriam remetidos para Rio de Janeiro, com destino à exposição de Paris.

1867. . Instalação da Biblioteca e Arquivo Público da Província, criados pelas Leis Provinciais números 1186 e 1202. . Inauguração da iluminação à gás, parcialmente na cidade e alguns edifícios. A concessão foi transferida para a firma Ceará Gaz Company Limited, incorporada em Londres, em 1865. Era presidente da província o Dr. Pedro Leão Velloso, aliás, tendo tomado posse no dia anterior.

1868. . Assume a presidência da Província o Dr. Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque, nomeado por Carta Imperial de 25 de julho. . Sansão da Lei nº 1254 que autoriza a presidência 15 contos de rês a libertação de escravos, preferencialmente do sexo feminino.

1869. . Posse do desembargador João Antônio de Araújo Freitas Henriques, 31º presidente da Província, nomeado por Carta Imperial de 22 de Junho.

1870. . Chega a Fortaleza a notícia do término da Guerra do Paraguai. Organizaram-se grandes festas em regozijo. . Desembarque em Fortaleza do 26º Batalhão de Voluntários da Pátria, em meio a grandes aplausos populares, principalmente ao comandante, coronel Antônio Tibúrcio Ferreira de Sousa. . Foi recolhido à Catedral, a bandeira do mesmo batalhão, na conformidade do Aviso do Ministério da Guerra, datada de 1º de abril. . Ordem do Dia: Presidente da Província, determinando dissolver o 26º Corpo de Voluntários da Pátria.

1871. . Posse do Dr. José Fernandes da Costa Pereira Júnior, 32º presidente da Província. Foi nomeado por Carta Imperial de 30.11.1870.

1872. . Chega a Fortaleza, no vapor "Cruzeiro do Sul", comendador João Wilkens de Matos, nomeado por Carta Imperial de 15 de dezembro de 1971, tomando posse no Governo da Província no dia seguinte. . São inaugurados os trabalhos da Via-Férrea de Baturité, iniciando a construção. A empresa foi autorizada a funcionar, inicialmente pelo Decreto 4780 de 30 de agosto de 1871. . Chega ao Juazeiro, o recém-ordenado padre Cícero Romão Batista. (11 de abril).

1873. . Assume a administração da Província o vice-presidente, comendador Joaquim da Cunha Freire. . Toma posse o 36º presidente da Província, Dr. Francisco Teixeira de Sá, recebendo o governo do presidente interino Joaquim da Cunha Freire. O presidente Francisco Sá foi nomeado por Carta Imperial de 13 de agosto. Por motivos de saúde, afastou-se do cargo no dia 21.3.1874, passando o governo ao Barão de Ibiapaba.

1874. . Posse do Dr. Heráclito de Alencastro Pereira da Graça, 37º presidente da Província, nomeado por Carta Imperial de 18 de setembro.

1875. . Inauguração dos trechos da Estrada de Ferro de Batiruté, compeendendo as estações de Arronches (parangaba), Mondubim e Maracanaú. . Instalação do Seminário do Crato, instituído pelo Bispo D. Luís. Em 1878, por ocasião da grande seca, o seminário foi fechado, sendo reaberto somente em 1883. . Inauguração do ramal ferroviário Marananaú-Maranguape.

1876. . Entregue ao tráfego, pela Estreda de Ferro de Baturité, o trecho compreendido entre as estações de Maracanaú e Pacatuba. . Posse do desembargador Francisco de Farias Lemos, 38º presidente da Província, nomeado por Carta Imperial de 12 de Janeiro. Exonerado por Decreto de 13 de dezembro, passa administração ao desembargador Caetano Estelita Cavalcante Pessoa no dia 10 de janeiro de 1877. . Falece na cidade de Baturité, o médico Francisco José Matos, criador das afamadas "pílulas de Matos". (4 de outubro). O finado era natural de Aracati, tendo nascido em outubro de 1812. . Nesse ano o Ceará inicia a exportação de laranjas de Maranguape para a Europa, tendo embarcado, na safra, 1.312 caixas.

1877. . Posse de desembargador Caetano Estelita Cavalcante Pessoa, 39º presidente da Província. . Fundação da Companhia Ferro-Carril do Ceará. . Instalação da Junta Comercial de Fortaleza. . Falece em Fortaleza senador Thomaz Pompeu de Sousa Brasil, político e autor de importantes obras sobre o Ceará, no que diz respeito à geografia e estatística. Nasceu em Santa Quitéria a 28 de novembro de 1818. . Tem início nesse ano grande seca que perduraria até 1879, considerada a maior calamidade do século, muito superior à Cólera e à febre amarela.

1878. . Inauguração da linha telegráfica entre a cidade de Fortaleza e a do Aracati, partindo daí a ligação com a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. . Posse do Dr. José Júlio de Albuquerque Barros, 41º presidente da Província.

1879. . A Câmara Municipal de Fortaleza muda o nome da Praça da Misericórdia para Praça dos Mártires, em memória dos patriotas Pe. Mororó, Pessoa Anta e Carapinima, fuzilados em 25. . Desembarca em Fortaleza, vinda pelo vapor "Espírito Santo", uma comissão médica, presidida pelo Dr. José Maria Teixeira, composta de médicos, farmacêuticos e enfermeiros, nomeados pelo Ministério do Império, para serviços de ajuda sanitária às vítimas das epidemias. . Inicia-se em Camocim o assentamento dos trilhos da Estrada de Ferro Sobral-Camocim.

1880. . Com a chegada das primeiras chuvas, é considera finda a grande seca que começara em 1877. O presidente da Província comunica oficialmente à Corte. (5 de abril). . Inauguração da companhia Ferro-Carril de Fortaleza, com 4.210 metros de linha (tração animal). (25 de abril). . Publicação do Decreto n.º 3012/22.10.1880, que altera a linha divisória do Ceará com Província do Piauí, anexando ao Ceará o território da comarca do Príncipe Imperial (Cratéus) e ao Piauí a Freguesia de Amarração.

1881. . Em janeiro o movimento abolicionista decide fechar o Porto de Fortaleza ao embarque e desembarque de escravos, tendo à frente o jangadeiro Francisco José do Nascimento, cognominado "Dragão do Mar", o simplesmente "Chico da Matilde". Grande colaboração do abolicionista João Carlos da Silva Jatahy. . Inauguração do trecho da Estrada de Ferro de Sobral, ligando Camocim à Estação de Granja. . Inauguração da linha telegráfica ligando Fortaleza às linhas do Sul, permitindo comunicação com o Rio de Janeiro. . Posse do senador Pedro Leão Veloso, 45º presidente da Província.

1882. . Inauguração do trecho da Estrada Ferro de Baturité, ligando Fortaleza-Baturité. . Posse na Presidência da Província, do Dr. Sancho Barros Pimentel. Exonerado por Decreto a 20 de outubro, passa o governo a 31 do mesmo mês ao tenente coronel Antonio Theodorico da Costa. . Inauguração da linha telegráfica, ligando Fortaleza ao Sul do País e Europa, mediante o cabo submarino (American Telegraph and Cable Company).

1883. . A 1º de janeiro, no município de Acarape, proclama-se a abolição dos escravos dentro de seus limites. Outros municípios acompanham o momento, cada um separadamente. Pelo evento, Acarape passou a chamar-se de Redenção. Movimento pioneiro no Brasil. . Inaugurou-se em Fortaleza, a primeira linha telefônica ligando o estabelecimento comercial de Confúnio Pamplona (Rua Major Facundo) e a casa de José Joaquim de Farias, no Largo da Alfândega. . Libertação dos escravos na Capital da Província. Fortaleza realizou grandiosas festas. (24 de maio). . Toma posse o Dr. Satyro de Oliveira Dias no cargo de presidente da Província, nomeado por Carta Imperial de 30 de junho. Deixou o governo a 31 de maio, sendo substituído pelo 2º vice-presidente, Dr. Antônio Pinto Nogueira Acióli.

1884. . Desembarca do Vapor "Espírito Santo", Dom Joaquim José Vieira, 2º Bispo do Ceará. . Extinção total da escravatura no Ceará. Tem-se afirmado que a população cativa na Província, da data da abolição, era de aproximadamente 30.000. O Ceará contava com 762.736 habitantes. . Instala-se em Fortaleza o Clube Iracema. . Posse do 47º presidente da Província, o Dr. Carlos Honório Benedito Ottoni, nomeado por Carta Imperial de 24 de maio. Administrou o Ceará até 24 de janeiro de 1885.

1885. . O desembargador Miguel Calmon Dupin de Almeida é empossado presidente da Província, nomeado por Carta Imperial de 9 de setembro. Foi exonerado a 16 de março, por decreto. Era filho do conselheiro Joaquim Liberato Barroso.

1886. . Dec. Nº 9561 aprovando os planos de revisão dos estudos apresentados pelo Ceará Harbor Company, para construção das obras do Porto de Mucuripe. . Inauguração da Igreja do Coração de Jesus, e sagração do altar-mor pelo Bispo Dom Joaquim José Vieira. (24 de março). . Inaugura-se a nova Alfândega de Fortaleza.

1887. . Criando e inaugurado o Instituto do Ceará (depois Instituto Histórico do Ceará). . Falece em Fortaleza Irmã Bazet, superiora por 22 anos do Colégio da Imaculada Conceição, prestando relevantes serviços à comunidade da Província.

1888. . Posse do Dr. Antônio Caio da Silva Prado, na presidência da Província nomeado por Carta Imperial de 25 de março. Faleceu no exercício do governo no de 25 de maio de 1889. No dia seguinte assumiu a presidência o vice-presidente, desembargador Américo Militão de Freitas Guimarães. . Grandes festas populares em Fortaleza, por motivo da sanção da Lei-áurea - libertação dos Escravos oficiais por parte do Governo da Província, presidente Caio Prado.

Ceará Republicano

1889. . Ocorre em Juazeiro do Norte o discutido episódio da transformação em sangue da hóstia na comunhão da beata Maria de Araújo, fato que tornou Juazeiro do Norte conhecido internacionalmente. . Proclamação da República no Ceará, sendo deposto o coronel Morais Jardim e substituído pelo coronel Luís Antonio Ferraz. De acordo com o Decreto Federal nº 1 de novo sistema político, as províncias passam a Estados-Membros da Repúblicas dos Estados Unidos.

1890. . Promulgada a primeira constituição do Estado do Ceará e o coronel Luíz Antonio Ferraz, que já vinha respondendo pelos destinos políticos e administrativo do Estado, assume a 16 de janeiro o governo ditatorial.

1891. . Toma posse o 2º presidente republicano, general José Clarindo de Queiroz, tendo como vice-presidente o major Benjamin Liberato Barroso.

1892. . Fundação da Padaria Espiritual, que originou um importante movimento literário no século passado. . Nasce o jornal A República, resultado da fusão dos jornais Libertador e Estado do Ceará. . Antonio Pinto Nogueira Acióli é feito presidente do 3º congresso do Ceará. (1ª vez). . O Papa suspende as ordens sacerdotais do padre Cícero Romão Batista. . O tenente-coronel José Freire Bezerril Fontenele assume o Governo do Estado do Ceará.

1894. . A 15 de agosto é fundada a Academia Cearense de Letras.

Fonte: http://www.secult.ce.gov.br/